Museu Nacional de Etnologia

O Museu Nacional de Etnologia foi criado em 1965 com o nome de Museu de Etnologia do Ultramar, tendo como Diretor o etnólogo português António Jorge Dias.

Foi este o homem que lançou os primeiros alicerces para a constituição de um museu ao chefiar e recolher um número considerável de objetos de valor etnológico durante as Missões de Estudo das Minorias Étnicas do Ultramar Português.

Em 1959, esta coleção de objetos permitiu a realização de uma exposição denominada Vida e Arte do Povo Maconde e sobre a qual viria a publicar uma obra de três volumes intitulada Os Macondes de Moçambique.

O acervo do museu incorpora cerca 40.000 peças provenientes de várias partes do mundo, com maior incidência em Portugal e nas ex-colónias portuguesas no Ultramar.

Presente na exposição permanente do museu destaca-se a tala de Rio de Onor, do concelho de Bragança. Antigamente, era feita com entalhes de navalha numa vara de choupo e servia de representação topográfica. As marcas de navalha e a distância entre estas, eram correspondências diretas às casas da aldeia e ao rio que a atravessa.

Existem ainda em exposição instrumentos musicais populares portugueses, máscaras e marionetas do Mali, tampas de panela com provérbios inscritos de Cabinda, bonecas do sudoeste de Angola, o teatro Wayang Kulit de Bali (teatro de sombras) considerado Património Oral e Imaterial da Humanidade desde 2003 pela UNESCO, e muito mais há para desfrutar neste espaço dedicado a contar a história e cultura do Homem.