Jardim Marcelino de Mesquita

Jardim das Amoreiras ou Jardim da Praça das Amoreiras são os nomes pelos quais é conhecido o Jardim Marcelino de Mesquita, consagrando o escritor, poeta e dramaturgo português.

Foi construído em 1759 a mandado de Marquês de Pombal, após a catástrofe do Terramoto de 1755, com o propósito de estimular a indústria das sedas, representada em redor do jardim pela Fábrica de Sedas e respectivo Bairro das Águas Livres. Como tal, o jardim era formado essencialmente por amoreiras. Hoje, a Fábrica de Sedas deu lugar ao Museu Arpad Szènes-Vieira da Silva e dos bairros operários reconstruíram-se luxuosas habitações com vista privilegiada para o verde.

Quem entra no jardim poderá pensar que entrou numa floresta, tal a concentração de árvores plantadas nos seus 6.000 metros quadrados impostos por troncos e ramagens como reis do local.

Caminhamos sobre os acessos de terra batida verde adentro, quase sempre à sombra, por canteiros de vedações baixas e extensas áreas ajardinadas até aos bancos de pedra do lago, no centro do jardim. Mais ao lado, o antigo quiosque do jardim convida-nos a sentar na sua esplanada, bem abrigada das intempéries.

Lateral e ao comprimento do jardim correm os arcos do histórico Aqueduto das Águas Livres até ao Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, hoje transformado em museu, simbolizando a entrada para o aqueduto, situado no canto Norte do jardim. Os painéis de azulejos aqui presentes, da autoria de Policarpo de Oliveira Bernardes, vieram da Igreja da Luz, em Carnide.

É, sem dúvida, um lugar com bastante interesse turístico, pela proximidade com o histórico reservatório de água, painéis de azulejos, museu e antigos bairros operários, mas é igualmente um espaço verde indiscutivelmente atraente e harmonioso onde podemos passear calmamente ou provar uma refeição ligeira no quiosque do jardim.