Jardim Garcia de Orta

O Jardim Garcia de Orta recorda-nos o tempo dos Descobrimentos Portugueses, quando as suas naus exploravam oceanos e mares. Como exemplo da flora encontrada em terra firme, o Parque das Nações, em Lisboa, homenageou um homem que viajara para a Índia e aí permanecera como médico e investigador nesse época. São notórias as suas descobertas sobre as propriedades terapêuticas de várias plantas medicinais.

O jardim, pleno de frescura, beleza e flora exótica, foi criado por ocasião da EXPO’98 em 1998, integrado no Passeio das Tágides, um percurso à beira-rio numa zona do Tejo conhecida por Mar da Palha, paralelo ao principal local de restauração do Parque das Nações e à FIL.

Entramos no lado Oeste pelo Jardim da Música que, erradamente, também parece fazer parte do Jardim Garcia de Orta. São 13 000 metros quadrados divididos em 5 talhões, cada um representante da flora de cada zona do globo.

No sentido poente-nascente temos:

1. Primeiro Talhão: Floresta temperada de Macau e Ilha de Coloana onde encontramos diospiros, cameleiras japonesas e fetos.


2. Segundo Talhão: Vegetação de Goa, fresca e perfumada pelos citrinos com palmeiras nas pontas e um grande tanque de água ao centro.


3. Terceiro Talhão: Floresta tropical e húmida de São Tomé e Príncipe, aqui representada por três secções de água, bananeiras, palmeiras, estrelícias gigantes e jaracandás.
4. Quarto Talhão: A flora da Maraconésia, incluindo os arquipélagos da Madeira, Açores e Cabo Verde. A flora separa-se dos diferentes países por barrancos e está representada por uma orla de Laurissilvae, Tabaco e Café.


5. Quinto Talhão: As planícies da Costa Oriental de África, a Savana Alta e a Estepe Desértica a sul do continente. Para ilustrar os diferentes tipos de vegetação está presente um degrade que vai do amarelo e verde-seco até aos vermelhos e cinzas.

Do lado do rio, corre a linha do teleférico e a fila de pinheiros mansos de copa redonda e acolhedora. É um passeio esplenderoso, refrescante, introspectivo. Vemos adeptos da corrida, da bicicleta, do convívio e da boa disposição, tranquilamente, a usufruírem deste momento de comunhão com o jardim e o Tejo. Absolutamente imperdível!