Jardim França Borges

O Jardim França Borges é conhecido como Jardim do Príncipe Real em homenagem ao Rei Dom Pedro V, o primeiro Rei de Portugal a ostentar o título de Príncipe Real.

Quem o vê hoje, não imagina a lixeira do Bairro Alto existente neste local em meados do século XVIII. Poucos conhecerão, também, a câmara subterrânea do Reservatório da Patriarcal convertido em museu pela EPAL, situada precisamente debaixo do lago e apoiada por abóbadas e pilares com quase 10 metros de altura que guardavam as águas provenientes do Aqueduto das Águas Livres.

Situado na Praça do Príncipe Real, à margem da Rua Dom Pedro V, a paisagem natural e romântica ao estilo inglês isola-se da urbe para um convite simpático ao longo dos seus 11000 metros quadrados. Trilhos sinuosos de gravilha agregada ou calçada portuguesa recortam a densidade imensa das árvores, em especial uma muito antiga, centenária, o Cedro-do-Buçaco com 20 metros de diâmetro. Os bancos de jardim debaixo das suas ramas criam um dos ambientes mais íntimos de Lisboa.

A restauração é assegurada pelos três quiosques do jardim, um a poente, outro a nascente e outro mais central.

França Borges está representado no monumento esculpido por Maximiliano Alves onde se lê A França Borges do seu trabalho herculeo surgiu a república consagremos o lutador. Há mais dois monumentos: o busto do Dr. Sousa Viterbo e uma escultura a marcar os cem anos da morte do escritor açoreano Antero de Quental.

Lisboa tem muitos símbolos da sua história, este jardim é um deles. Visitar o Jardim França Borges é reviver o romantismo oitocentista e a evolução cultural após o Terramoto de 1755.