Jardim Avelar Brotero

O Jardim Avelar Brotero, popularmente conhecido por Jardim do Alto de Santo Amaro, foi plantado em meados da década de 50 do século XX, num quarteirão urbano da Freguesia de Alcântara, em Lisboa, com cerca de 4.500 metros quadrados de área ajardinada.

Em plano inclinado e delimitado por quatro ruas, possui uma abundância bastante considerável de arvoredo para alegria dos moradores. Trilhos alcatroados e calcetados separam-se da relva dos canteiros, alguns floridos, por vedações de ferro, uma característica pouco comunicativa e que exclui a ligação com o meio.

Ao centro, um lago de pedra sobre a luz directa do sol e rodeado por bancos de jardim. Existe apoio sanitário em instalações subterrâneas, bebedouros, um minúsculo espaço infantil com quatro cogumelos de ferro, também pequeníssimos, e uma bela escadaria que supera os socalcos do jardim e termina no cruzamento da Rua Gil Vicente com a Rua Filinto Elísio.

O busto de bronze em pedestal de pedra que observa o lago da autoria de António dos Santos, homenageia António Maria José de Melo César e Meneses, conhecido por Conde de Sabugosa. Foi um condecorado escritor, poeta e publicista português que viveu entre o século XIX e XX. No entanto, a denominação do jardim provém de outro ilustre português, o botânico Félix da Silva Avelar, posteriormente conhecido pelo apelido Brotero que significa amante dos mortos.

É curioso encontrarmos mesas de ferro com quadro cadeiras, todas pregadas ao chão, no passei público periférico ao jardim, como se fossem esplanadas ao ar livre sem dono. Muitos são os velhos amigos que aqui se sentam a jogar às cartas ou a partilhar conversas intensas.

Para os moradores, o jardim é o pátio florido da sua rotina, para os turistas não existe propriamente interesse a não ser o de conhecer os jardins urbanos de Lisboa.