Jardim 9 de Abril

O Jardim 9 de Abril confunde os seus visitantes ao ser conhecido por três nomes distintos. O primeiro, Jardim Nove de Abril, recorda-nos a pesada derrota militar portuguesa infligida pelas tropas alemães durante a I Guerra Mundial, em 1918, no vale da Ribeira de La Sys, Bélgica. Foi a maior derrota portuguesa desde a batalha de Alcácer-Quibir em 1578.

Igualmente conhecido por Jardim da Rocha do Conde de Óbidos, nome que deriva da capela fundada sobre um maciço calcário, em meados do século XVII, por Dom Vasco de Mascarenhas, um militar e administrador colonial português. Finalmente, Jardim das Albertas é a designação proveniente do antigo Convento das Albertas que albergava este espaço verde.

Quem desce a Rua Presidente Arriaga, vê o pequeno parque de estacionamento, à direita, coberto pelas árvores altas do jardim, em frente ao Museu de Arte Antiga. É aqui que se situam os 3000 metros quadrados do jardim.

Em plano inclinado, debaixo das ramas pitorescas e românticas, passamos rente ao verde por caminhos de gravilha acimentada. Os bancos de jardim também lá estão, particularmente, o grande banco corrido e circular recolhido pelo tecto de arbustos – uns conversam, outros namoram…

Todo o jardim assenta sobre uma grande plataforma calcária, tão antiga quanto a cidade, com vista para o Porto de Lisboa, Rio Tejo e Margem Sul do Tejo. E assim nasce o Miradouro da Rocha do Conde de Óbidos, feito de pedra e ferro forjado, inserido na zona baixa do jardim. Aqui há uma bela escadaria de pedra que desce a formação rochosa para a Avenida 24 de Julho, em vários patamares e cruzada entre si.

Lisboa é feita de pequenos e graciosos pontos turísticos, este é um deles, com a vantagem de podermos apreciar a paisagem para a Margem Sul do Tejo.