Cidade da Luz e do Mar
Para celebrar o fim do longo percurso pela Península Ibérica rumo ao oceano, o Tejo contorna o último pedaço de terra e dá-lhe o nome de Lisboa, a capital mais ocidental da Europa.
As águas das ribeiras escoaram entre os vales e harmonizaram a paisagem, ondulada em palma-de-leque, suavemente declinada sobre o rio, como um glorioso anfiteatro construído propositadamente pela natureza para assistirmos à dança entre Rio Tejo e Oceano Atlântico.
O Farol do Búgio indica o local exacto.
Somos convidados a entrar no oceano pela brisa marítima que sopra ao longo do corpo ribeirinho, um verdadeiro embaixador de bons presságios: a Sul, as douradas línguas de areia da Caparica e a Norte o majestoso Cabo da Roca, guardião da Reserva Mundial de Surf situada mais a Norte. O imenso céu azul induz-nos ao Universo mas são as águas do rio que iluminam Lisboa, espelhando o sol em várias tonalidades sobre os telhados alaranjados de toda a cidade.
No topo de uma colina, o Castelo de São Jorge lembra-nos a conquista de Lisboa aos mouros por Dom Afonso Henriques, em .
A Oeste, o pulmão verde da Serra de Monsanto devolve-nos ao presente.
Cidade das Sete Colinas
Sete montes se erguem sobre Lisboa com as melhores perspectivas da cidade.
Foi em 1620 que Frey Nicolao d'Oliveira ilustrou Lisboa como a Cidade das Sete Colinas no Livro das Grandezas de Lisboa.
Ao longo dos milénios, as águas escoaram do topo das terras até ao Tejo e traçaram vários vales formando diversos montes apelidados de colinas. Na verdade existem mais do que sete colinas, no entanto, a referência histórica de Frey Nicolao manteve-se até aos dias de hoje.
Como visitar Lisboa?
Organizámos Lisboa em seis áreas de interesse distintas, de acordo com o seu peso histórico e turístico:
Concelho de Lisboa Centro Histórico de Lisboa (Bairros Tradicionais) Centro Histórico de Lisboa (Bairros Tradicionais — Bica e Madragoa) Centro Histórico de Lisboa (Bairros Históricos) Parque Florestal de Monsanto e Corredor Verde de Monsanto Belém Parque das Nações Frente Ribeirinha Avenidas
Mapa das sete zonas turísticas de Lisboa
Centro Histórico de Lisboa
Bairros Históricos
Os primeiros povos a ocupar Lisboa estabeleceram na área onde se situa o Bairro do Castelo e parte do Bairro de Alfama. Aqui nasceu Lisboa.
Entre os séculos III e V depois de Cristo, ergue-se a Cerca Moura de Lisboa desde a muralha Sul do Castelo de São Jorge até às margens do Tejo, proporcionando um aglomerado social mais forte e protegido dos ataques estrangeiros.
Fruto da ocupação dos terrenos periféricos às muralhas, durante a conquista de Lisboa por Dom Afonso Henriques, forma-se o Bairro da Graça, Bairro de São Vicente de Fora e Bairro da Mouraria. Este último seria ocupado pelos mouros que escolheram não abandonar a cidade de Lisboa.
Bairro do Castelo
É o berço de Lisboa onde se instalaram os primeiros povos há 3200 anos.
Foi local da célebre conquista aos mouros por Dom Afonso Henriques em 1147 e aqui existiu a primeira residência da Corte Real em Lisboa, o Paço da Alcáçova, dentro das muralhas do Castelo de São Jorge.Locais a visitar:
- Castelo de São Jorge
- Sé de Lisboa
Bairro de Alfama
O Fado, a gastronomia e a arquitectura ilustram o bairro mais típico de Lisboa, conhnecido desde o ano 711 pelas nascentes minero-medicinais de água morna, as únicas nascentes na região de Lisboa. O seu nome de origem árabe – alhama que significa fonte quente – lembra-nos as antigas alcaçarias e chafarizes usados pelos populares.
Durante as Festas de Santo António as suas ruas enchem-se de folia.Locais a visitar:
- Casa dos Bicos
- Chafariz d'El Rei
- Museu do Fado
- Largo do Chafariz de Dentro
- Torrre de Alfama
Bairro da Mouraria
Em 1170, após a conquista cristã, Dom Afonso Henriques designou este local para os muçulmanos, daí o termo Mouraria.
Ainda nos dias de hoje continua a ser o bairro mais multicultural de Lisboa.Locais a Visitar:
- Castelo de São Jorge
- Sé de Lisboa
Bairro de São Vicente de Fora
Aqui acamparam as tropas alemãs e flamengas que ajudaram Dom Afonso Henriques a conquistar Lisboa, em 1147, ainda os seus terrenos eram totalmente despovoados. Só em 1288 a Ordem Franciscana de Santa Clara decidiu construir neste local as suas instalações religiosas.
O Panteão Nacional situa-se neste Bairro de Lisboa em par com a Igreja de São Vicente de Fora.
A Este destes monumentos encontramos o Campo de Santa Clara onde se realiza a famosa Feira da Ladra.Locais a Visitar:
- Panteão Nacional
- Igreja de São Vicente de Fora
- Campo de Santa Clara
- Miradouro do Jardim Botto Machado
Bairro da Graça
A ocupação do Bairro da Graça inicia-se com o estabelecimento das tropas de Dom Afonso Henriques, durante a conquista de Lisboa, no Monte de São Gens e a construção de uma ermida em louvor a São Gens de Lisboa após a tomada da cidade. Só em 1796 se ergue a Capela de Nossa Senhora do Monte, após a destruição da anterior ermida pelo Terramoto de 1755.
A Graça, como se designa habitualmente, oferece uma das melhores e mais belas perspectivas sobre Lisboa a partir dos seus dois miradouros.Locais a Visitar:
- Miradouro da Senhora do Monte
- Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen
- Igreja e Convento da Graça
- Vila Sousa
Bairros Tradicionais
Em 1373, a construção da Muralha Fernandina de Lisboa alarga o perímetro da cidade para Este e Oeste da Cerca Moura e fomenta a criação de novos bairros.
Por fim, a construção do Paço da Ribeira em 1498 – onde é hoje a Praça do Comércio – como substituição do Paço de Alcáçova, residência oficial dos reis portugueses, aterra a Ribeira de Valverde e avança o terreno de Lisboa até à margem do Tejo. Aqui encontra-se a actual Baixa Pombalina, mandada construir por Marquês de Pombal após o Terramoto de 1755.
Baixa Pombalina (Baixa de Lisboa)
Até ao século XIII corria aqui um braço do Rio Tejo onde desaguava a Ribeira de Valverde e a Ribeira de Arroios. O assoreamento foi transformando estes terrenos em areia e lodo, até que em 1498 Dom Fernando mandou construir o Paço da Ribeira, morada oficial dos reis portugueses, aterrando definitivamente o braço do rio. Após o Terramoto de 1755, Marquês de Pombal reergue este local sobre nova arquitectura conhecida como Baixa Pombalina incluíndo técnicas de construção inovadoras como a gaiola pombalina (técnica de construção antissísmica) e as paredes cortafogo.
Locais a Visitar:
- Ribeiras das Naus
- Cais das Colunas
- Praça do Comércio
- Torreão Nascente e Poente
- Praça do Município
- Arco da Rua Augusta
- Elevador de Santa Justa
- Praça Dom Pedro IV (Praça do Rossio)
- Praça da Figueira
- Teatro Dona Maria II
Bairro do Chiado
Depois da reconquista cristã, os seus terrenos são integrados na Muralha Fernandina, no século XII, e inicia-se o período de ocupação social com conventos e casas da burguesia. O pós Terramoto de 1755 requalifica esta zona sobre as ideias progressistas de Marquês de Pombal com um novo ambiente cultural, comercial e boémio que p até aos dias de hoje, apesar do terrível incêndio dos Armazéns do Chiado que deflagrou em 1988 e deixou parte do bairro em escombros.
Locais a Visitar:
- Largo do Chiado
- Igreja de Nossa Senhora da Encarnação
- Basílica dos Mártires
- Café A Brasileira
- Rua Garret
- Teatro Nacional de São Carlos
- São Luiz Teatro Municipal
- Armazéns do Chiado
- Largo do Carmo
- Convento do Carmo
Bairro Alto de São Roque
É mais conhecido apenas por Bairro Alto e começou a ser urbanizado fora da Muralha Fernandina, em meados do século XV, quando ainda era designado por Vila Nova de Andrade. Hoje é o local mais conceituado de diversão nocturna relacionada com bares de bairro e casas de Fado.
Locais a Visitar:
- Jardim e Miradouro António Nobre (São Pedro de Alcântara)
- Igreja de São Roque
- Praça de Luís de Camões (Largo de Camões)
- Rua da Atalaia
Bairro da Bica
O Bairro da Bica localiza-se dentro da área do Bairro de Santa Catarina: a 22 de Julho de 1597, um delizamento de terras entre o Alto de Santa Catarina e o Alto das Chagas forma o Vale das Chagas e naquela encosta íngreme nasce o Bairro da Bica. A Bica dos Olhos, uma fonte milagrosa que curava as doenças da vista – era necessário banhar a vista antes do nascer do sol –, do proprietário negociante e armador Duarte Belo, está na origem do nome do bairro e da sua rua principal – Rua da Bica de Duarte Belo.
É considerado uma extensão do Bairro Alto no sentido arquitectónico e social e boémio, extremamente conhecido pelo Ascensor da Bica.Locais a Visitar:
- Ascensor da Bica
- Rua da Bica de Duarte Belo
- Bica dos Olhos
Bairro do Cais do Sodré
Esteve sempre ligado à tradição marítima pela proximidade com o Tejo e foi um dos principais portos de Lisboa no Tempo dos Descobrimentos Portugueses. Nessa altura existia uma pequena praia e o cais era conhecido como Praça dos remolares.
O Terramoto de 1755 deu-lhe o nome Cais do Sodré em homenagem à família dos Sodrés de Santarém por financiarem a reconstrução daquela zona.
Em 2013, o bairro recebe uma nova vida com o projecto Rua Cor-de-Rosa do Arquitecto José Adrião, que transforma o Bairro do Cais-do-Sodré num dos locais mais importantes de diversão nocturna, em comunhão com o Bairro Alto de São Roque.Locais a Visitar:
- Rua Nova do Carvalho (Rua Cor-de-Rosa)
- Mercado da Ribeira
- Jardim Dom Luís
- Praça do Duque da Terceira
- Jardim de Roque Gameiro
Bairro de Santos
A história leva-nos aos primórdios do século IV quando três mártires cristãos foram sepultados no sítio da Igreja de Santos-o-Velho, dando origem à extinta freguesia de Santos-o-Velho. Junto ao rio existia a Praia de Santos antes de ser assoreada e terraplanada em 1867 e chegou inclusivé a servir de estaleiro e ancoradouro para diversas embarcações a partir do século XV.
Assim como o Paço da Ribeira, Dom Manuel mandou construir neste Bairro de Lisboa o Paço Real de Santos, actualmente Palácio do Marquês de Abrantes, que serve a embaixada de França.
O Bairro de Santos alberga um dos bairros mais característicos de Lisboa, o Bairro da Madragoa. Na Avenida 24 de Julho, junto ao rio, existem algumas das mais badaladas discotecas e bares lisboetas.Locais a Visitar:
- Largo de Santos
- Largo Vitorino Damásio
- Igreja de Santos-o-Velho
- Chafariz da Esperança
- Avenida 24 de Julho
- Rua da Cintura do Porto a Santos
- Miradouro da Rocha de Conde de óbidos
- Jardim 9 de abril
Bairro de Santa Catarina
No Largo de Camões, entre a Igreja de Nossa Senhora do Loreto e da Nossa Senhora da Encarnação, situava-se a Porta de Santa Catarina da Muralha Fernandina, construída no século XIV e demolida em 1707. Exterior à muralha foi construído o Bairro de Santa Catarina que chegou a ser Freguesia de Lisboa.
Um bairro de ruas especialmente íngremes que cruzam o Monte de Santa Catarina, o Bairro da Bica e o Monte das chagas, entre casas e antigos palácios. Em 1859, o Largo de Camões é terraplanado e o Monumento a Camões é edificado em 1867.Locais a Visitar:
- Miradouro de Santa Catarina
- Largo de Camões
- Igreja da Nossa Senhora do Loreto
- Igreja da Nossa Senhora da Encarnação
- Igreja e Convento dos Paulistas (Igreja de Santa Catarina)
- Casa onde faleceu o poeta Bocage
Bairro da Madragoa
A Madragoa é um bairro muito popular entre os Bairros de Lisboa pela sua história social e arquitectónica. Nasce no século XVI com a presença de africanos trazidos pelos Descobrimentos Portugueses, altura em que o bairro era conhecido como Bairro do Mocambo. A proximidade do Tejo mistura-o com as gentes do mar, pescadores e varinas, e ouvem-se os tradicionais pregões nas suas ruas.
É possível que o nome Madragoa tenha origem na Casa das Madres de Goa que existiu na antiga Rua da Madragoa, hoje Rua Vicente Borga.
A diversão nocturna de bares de bairro está presente nos limites Sul e Este. Também durante as festas populares, em Junho, todas as suas ruas entram em grande diversão.Locais a Visitar:
- Chafariz da Esperança
- Convento das Madres Goa
- Contento das Trinas
- Convento de Cristo das Francesas
- Convento das Brígidas Inglesas
- Rua Vicente Borga (antiga Rua da Madragoa)
Bairro do Príncipe Real
É considerado o bairro chique de Lisboa, tal como o Chiado, pelos inúmeros palácios e palacetes que o compõem, e pela moral artística que corre nas ruas impulsionada pelo comércio de arte, moda e gastronomia.
A história inicia-se atribulada com o fracasso de vários projectos para este Bairro, desde o século XVII, altura em que chegou a ser uma lixeira. Só a partir de 1869, com a construção do Jardim França Borges e com o planeamento residencial e de lazer é que o bairro ganha novo rumo.
O subsolo do jardim esconde o Reservatório da Patriarcal que integrava o sistema de abastecimento de água de Lisboa.
O Rei Dom Pedro V está na origem da toponímia do Bairro de Príncipe Real.Locais a Visitar:
- Praça do Príncipe Real
- Jardim França Borges
- Reservatório Patriarcal
- Jardim Botânico de Lisboa
- Museu Nacional de História Natural e da Ciência
Bairro dos Prazeres
Quem vem da ponte 25 de Abril, observa a sua encosta do lado direito e o enorme Cemitério dos Prazeres construído em 1833 devido a uma epidemia de cólera que assolou Lisboa.
Dois grandes espaços estão na origem da criação deste Bairro, ambos construídos em 1743: o Palácio das Necessidades mandado erguer por Dom João V e a Tapada das Necessidades que foi evoluindo ao longo dos tempos até ao reinado de Dom Carlos.Locais a Visitar:
- Praça do Príncipe Real
- Palácio das Necessidades
- Tapada das Necessidades
- Cemitério dos Prazeres
- Jardim Olavo Bilac e miradouro
Bairro da Lapa
Uma antiga olaria de barro vermelho situada perto da Basílica da Estrela está na origem deste bairro, em 1741. Desde cedo é conotado como um bairro luxuoso por ser habitado por burgueses e famílias abastadas. Em finais do século XVIII constrói-se a ilustre Basílica da Estrela e em 1853 inaugura-se o Jardim Guerra Junqueiro, conhecido como Jardim da Estrela. Consta que neste jardim havia um leão enjaulado que tinha sido doado por Paiva Raposo e que origina o termo Leão da Estrela.
Actualmente, o bairro estende-se até à sede do parlamento português, o Palácio de São Bento edificado nos finais do século XVII.Locais a Visitar:
- Basílica da Estrela
- Jardim Guerra Junqueiro
- Palácio de São Bento
Bairro de Campo de Ourique
Começou por ser terra de moinhos e padeiros que forneciam pão para toda a cidade de Lisboa. É daqui que vem a expressão Résvés Campo de Ourique, quando as águas do tsunami gerado pelo Terramoto de 1755 quase chegaram a este bairro.
Hoje é um bairro cosmopolita mas tranquilo, rendilhado pela urbanização de 1886 e pleno de comércio de rua. O Mercado de Campo de Ourique transformou-se num sítio de petiscos e cultura gastronómica com sabores de norte a sul do país. Mesmo defronte do mercado está a Igreja do Santo Condestável.
Neste bairro viveu o poeta Fernando Pessoa.Locais a Visitar:
- Mercado de Campo de Ourique
- Igreja do Santo Condestável
- Jardim Teófilo de Braga
- Casa Fernando Pessoa
- Amoreiras Shopping Center
Bairro da Penha de França
Situa-se num dos pontos mais altos da cidade a cerca de 110 metros de altura. É essencialmente um bairro residencial calmo que começou a ser urbanizado no final do século XIX resultado do Inquérito Industrial de . Antes de ter absorvido a freguesia de São João e um pouco da freguesia do Beato, a área original do Bairro da Penha de França era significativamente mais pequena.
Bairro de São João
Assim como o Bairro da Penha de França, o Bairro de São João pouco mais era do que quintas e olivais até ao início do século XX. Foi pela dinamização da indústria em Lisboa, através da construção de bairros operários, que se intensificou a urbanização deste bairro.
Extremamente calmo, com largas avenidas em direcção ao Rio Tejo. Uma tranquilidade que faz lembrar o seu grande cemitério no Alto de São João.Locais a Visitar:
- Cemitério do Alto de São João
- Museu Nacional do Azulejo
Belém (Lisboa dos Descobrimentos)
De Belém navegaram as primeiras caravelas portuguesas à descoberta do Mundo, no início do século XIV, sob o reinado de Dom João I. Motivados pela vontade religiosa, militar e comercial, desenvolveram métodos e tecnologia suficientes para chegarem aos quatro continentes, redigindo uma das mais epopeicas páginas na história do Homem.
Mosteiro dos Jerónimos
É um dos mais importantes monumentos de Portugal e considerado Património Mundial pela UNESCO.
A sua projecção iniciou-se após o regresso de Vasco da Gama da Índia, em meados de 1496, pela mão do Rei Dom Manuel I para homenagear a devoção de Infante Dom Henrique por Santa Maria de Belém e São Jerónimo. Em testamento, o Rei deixa o Mosteiro de Santa Maria de Belém à Ordem de São Jerónimo e, por isso, é hoje conhecido como Mosteiro dos Jerónimos.Torre de Belém
Vigilante e artilhada sobre a margem direita do Tejo, de estilo Manuelino, levanta-se uma torre de pedra mandada construir pelo Rei Dom Manuel I. Serviu a segurança do rio a partir de 1520, durante a expansão do Império Português, alinhada estrategicamente com a Torre de São Sebastião da Caparica e a Torre de Santo António de Cascais. Hoje é um ponto de paragem obrigatório para todos os que querem conhecer a Lisboa dos Descobrimentos.
É Património Mundial pela UNESCO desde 1983.Padrão dos Descobrimentos
A caravela de pedra debruçada sobre o Tejo invoca o Infante Dom Henrique, à proa, e todos os navegadores que cumpriram os Descobrimentos Portugueses.
Um monumento de 56 metros de altura, construído em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo Português e reconstruído em 1960 quando se homenageava os 500 anos da morte do Infante.
Parque das Nações (Lisboa Futurista)
Uma extensa área de cinquenta hectares que Lisboa abandonou junto à foz do Rio Trancão, transformou-se no exemplo de construção futurista para albergar a maior exposição do século XX, a EXPO'98, realizada entre e . Dos terrenos fabris poluídos nasceu a harmonia de espaços verdes envolvendo habitações, pavilhões e monumentos. Revitalizou-se a zona ribeirinha com marinas e longos passeios que são dos mais belos em Lisboa.
Cada linha da nova arquitectura projectada em CAD tornou-se exemplo de sucesso e caso de estudo por todo o mundo. Hoje, o local chama-se Parque das Nações e é freguesia de Lisboa mais oriental.Locais a Visitar:
- Estação do Oriente
- Feira Internacional de Lisboa
- Marina Parque das Nações
- Oceanário de Lisboa
- Pavilhão Atlântico | MEO Arena
- Pavilhão de Portugal
- Pavilhão do Conhecimento
- Teatro Camões
- Jardins da Água
- Passeio do Tejo
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Parque Florestal de Monsanto e Corredor Verde de Monsanto
Parque Florestal de Monsanto
A Serra de Monsanto é a formação geológica mais importante de Lisboa e também o ponto mais alto da cidade, com 227 metros. Constituído essencialmente por basaltos e calcários, resultou de um choque entre placas tectónicas há setenta milhões de anos.
A paisagem de hoje é bem diferente do que era há um século atrás, de vegetação rasteira, sem a enorme floresta que a caracteriza no século XXI, oliveiras e quintas da burguesia ocupavam as suas terras, assim como os moinhos de vento que chegaram perto da centena em meados do século XIX.
Só em 1934 é instituído o decreto lei que protege e arboriza o Parque Florestal de Monsanto conforme o conhecemos hoje.Locais a Visitar:
- Centro de Interpretação de Monsanto
- Mata de São Domingos de Benfica
- Parque Infantil do Alvito
- Parque Recreativo do Alto da Serafina
- Parque Recreativo do Calhau
- Parque de Campismo de Monsanto
- Alameda Keil do Amaral
- Miradouro Montes Claros
- Miradouro Moinhos do Mocho
Corredor Verde de Monsanto
Imaginando uma ligação entre o Parque Florestal de Monsanto e o centro de Lisboa, em 1977 Gonçalo Ribeiro Telles executa um projecto para facilitar o acesso pedestre à Serra de Monsanto a partir do coração da cidade. O percurso é como um prolongamento de arvoredo de 2,5 quilómetros que desce a serra e atravessa Lisboa até ao topo da Avenida da Liberdade, podendo ser feito a pé ou de bicicleta.
Percurso (Norte-Sul)
- Parque Eduardo VII
- Jardim Amália Rodrigues
- Ponte Ciclopedonal sobre a Rua Marquês da Fronteira
- Ponte Ciclopedonal “Gonçalo Ribeiro Telles”
- Jardins da Amnistia Internacional
- Parque Hortícola Jardins de Campolide
- Parque de Recreio Infantil e Juvenil
- Parque Urbano da Quinta José Pinto
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Frente Ribeirinha
Lisboa é o Tejo e o Tejo é Lisboa, podemos assim afirmar. Pelas pontes, portos e passeios, cruzamos, vimos e vamos no Tejo.
O rio contorna a cidade de Norte para Sul até ao Oceano Atlântico e durante este percurso o Porto de Lisboa, autoridade marítima responsável pela organização ribeirinha, construiu vários núcleos de lazer – bares, restaurantes, marinas e docas – que são paragem essencial para viver a alma que dá vida a Lisboa.Passeio Ribeirinho da Fundação Champalimaud
Em 2010, a Fundação Champalimaud inaugurou o Centro Champalimaud junto À Doca de Pedrouços. A nova arquitectura contempla um longo passeio de pedra calcária debaixo guardado pela sobra de várias filas de pinheiros. O pontão estende-se por trezentos metros Tejo adentro, curvado sobre a Doca de Pedrouços.
Passeio Ribeirinho de Belém
É o passeio ribeirinho com mais história de Lisboa por se situar no preciso local de onde partiram as caravelas portuguesas para a Índia no tempo dos Descobrimentos Portugueses, e por cruzar os monumentos relacionados com esta era.
Os dois quilómetros e meio de passeio iniciam-se junto ao Forte do Bom Sucesso e cruzam a Torre de Belém, a Doca de Recreio do Bom Sucesso, Hotel Altis, Jardim do Japão, Museu de Arte Popular, Padrão dos Descobrimentos, Doca de Recreio de Belém e culminam na Estação Fluvial de Belém.Passeio Ribeirinho da Junqueira
Até 1701 era uma zona de terrenos alagadiços onde prosperavam grandes concentrações de juncos (juncais), uma planta usada para tecer cestos e outros objectos. Após o afloramento dos terrenos construíram-se palácios e palacetes na zona mais a Norte deste passeio, a Rua da Junqueira, que dá o nome a este percurso.
Inicia-se do Jardim Central Tejo do Museu da Electricidade num trajecto perfeitamente, passando pela estátua Guitarra na Proa num jardim frente à Cordoaria Nacional, parque de estacionamento, zona de restauração com ponte pedonal para a Rua Mécia Mouzinho de Albuquerque, jardim com ponte pedonal para a Travessa da Guarda, até ao pilar da Ponte 25 de Abril.Doca de Recreio de Santo Amaro (Docas de Lisboa)
Ao redor da Doca de Recreio de Santo Amaro construiu-se um conjunto de armazéns que dão lugar a restaurantes e bares, e que se convertem em frenéticos locais de diversão nocturna. É, provavelmente, o local mais popular entre os turistas que procuram uma refeição à beira rio entre os mastros dos veleiros e os amantes de bares e discotecas.
Doca de Alcântara
Tornou-se famosa pelos armazéns que alojam bares e discotecas na Rua da Cintura do Porto de Lisboa, mais activos durante as noites de quinta, sexta e sábado, localizados atrás da Doca de Recreio de Lisboa, com vista para os barcos.
Passeio Ribeirinho de Santos
Defronte ao Largo de Santos, uma área ribeirinha dividida entre a freguesia da Estrela e da Misericórdia prolonga a noite nos armazéns situados junto ao Tejo. Mais uma vez, bares e discotecas são os anfitriões deste passeio ribeirinho. Há também uma ponte pedonal sobre a linha do comboio que facilita o acesso a quem atravessa a Avenida 24 de Julho.
Cais do Sodré
A sua localização central privilegiada tornou-o num local de embarque e desembarque de passageiros através da estação fluvial, metropolitano e caminho de ferro suburbano. Aqui encontramos uma ciclovia que percorre os armazéns ribeirinhos repletos de restaurantes e pequenos pontões.
Passeio Ribeirinho da Ribeira das Naus
Aqui construíram-se muitas das naus que rasgaram os mares no tempo dos Descobrimentos Portugueses. Requalificada em 2013, possui uma pequena rampa para o rio em jeito de praia fluvial que parte de um miradouro sobre o Tejo. É o local ideal para sentar e apreciar o café do quiosque local.
Cais das Colunas
No fim da Praça do Comércio encontramos duas colunas erguidas sobre o fim duma escadaria que serviram a entrada mais majestosa de Lisboa. É um prolongamento da Ribeira das Naus, requalificada com um pequeno miradouro sobre o Tejo, antes de chegarmos à Estação Fluvial do Terreiro do Paço.
Doca do Terreiro do Trigo (Cais do Jardim do Tabaco)
O Porto de Lisboa edificou aqui o Terminal de Cruzeiros de Lisboa B, porém o local é mais conhecido pelo reduzido núcleo de restaurantes existentes nos seus armazéns.
Doca de Santa Apolónia
Apesar da localização um pouco mais distante do centro de Lisboa, mesmo em frente à Estação Ferroviária de Santa Apolónia, tornou-se extremamente famoso pela veia vanguardista dos bares e discotecas implementados nas instalações ribeirinhas. Entre diversão e paladares descem visitante de todo o Mundo no Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia.
Parque das Nações
Quase cinco quilómetros foram requalificados durante a EXPO'98 para oferecerem o mais longo e um dos mais belos passeios ribeirinhos até à foz do Rio Trancão.
Quase sempre protegidos pela sombra dos pinheiros, com a Serra da Arrábida no horizonte, vamos caminhando entre marinas, jardins e pavilhões futuristas – Marina Parque das Nações, Oceanário de Lisboa, Pavilhão do Conhecimento, Pavilhão de Portugal, Jardim da Água, etc – até entrarmos na calma refrescante do Passeio do Tejo cruzado pela Ponte Vasco da Gama.
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Avenidas
Quem vem do Tejo pelo Terreiro do Paço, atravessa a Praça do Comércio, segue a Rua Augusta até à Praça Dom Pedro V (Rossio) e encontra a primeira avenida que nos levará até ao outro lado da cidade pelas principais artérias de Lisboa, a Avenida da Liberdade.
Avenida da Liberdade
Chegou a estar fechada ao povo por ordem de Marquês de Pombal que a queria exclusiva dos ricos. Nasceu do projecto Passeio Público, após a destruição causada pelo Terramoto de 1755, para trazer a elegância dos boulevards de Paris até Lisboa. São 1370 metros de passeios largos, jardins e fontes, tudo visão do arquitecto Reinaldo Manuel.
Mas ainda no século XXI o marquês continua presente, homenageado sobre a coluna de uma estátua no centro da Praça Marquês de Pombal.
Actualmente, a Avenida da Liberdade alberga algumas das mais importantes marcas de moda e joalheria do mundo, assim como teatros e salas de espectáculo.Avenida Fontes Pereira de Melo
Logo à direita da Praça Marquês de Pombal, com o Parque Eduardo VII do lado esquerdo, subimos 1050 metros pela Avenida Fontes Pereira de Melo em direcção à Praça Duque de Saldanha. É bastante concorrida pelos selectos centros comerciais junto à Praça, no seu topo.
Avenida da República
1650 metros de edifícios históricos, sedes de empresas e pequeno comércio percorrem a Avenida da República até ao Campo Grande. Pelo caminho cruzamo-nos com a Estação Ferroviária de Entre Campos e o espaço multiusos Campo Pequeno.
Campo Grande
Podemos afirmar que o Campo Grande é 1200 metros de um extenso jardim citadino com duas avenidas, uma de cada lado, a transitarem a todo o seu comprimento. No seu centro existe um enorme lago onde podemos passear de barco a remos e constatar o facto curioso de que estamos literalmente a navegar no centro de Lisboa!
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Pontes sobre o Tejo
Ponte 25 de Abril (Ponte Salazar)
Foi a primeira ponte a ligar a cidade de Lisboa com a margem Sul do Tejo, concretamente o concelho de Almada, inaugurada a e apelidada de Ponte Salazar em homenagem ao Presidente do Conselho de Ministros António de Oliveira Salazar, ainda que o nome oficial fosse Ponte Sobre o Tejo. Após a revolução de , mudaram-lhe o nome para Ponte 25 de Abril.
Foi construída sobre o conceito de ponte suspensa, também com trânsito rodoferroviário, tem 2228 metros de comprimento e o tabuleiro principal a cerca de 70 metros do nível da água.
A sua construção foi liderada pelo Engenheiro José Estevão de Abranches Couceiro do Canto Moniz.Ponte Vasco da Gama
Inaugurada a por ocasião da EXPO'98 representa a segunda travessia de Lisboa sobre o Tejo e a primeira a ligar os Concelhos de Montijo e Alcochete com a capital de Portugal.
É a ponte mais comprida da Europa com 17,3 quilómetros de comprimento.